
Deito-me...
Trago no corpo e espírito todo o êxtase que o Encontro propõe..
Fagulhas do Infinito que por um momento possuimos..
Deito-me e agarrado na presença ainda não-ausente..
Tento envolver-me mais um pouco..mergulhar na essência disso..
Deito em Êxtase de Sentir..sentir gritado ao mundo..ao cósmo..
Deito..
E enquanto o faço..deixo a mente vagar pelos becos do futuro..
Deito..e comigo deita uma lágrima à a escorrer pelos ductos..
Previsões do templo escuro de noites vazias..
Onde apenas o silêncio do Sonho há de restar..
Fagulhas de lembranças para ninar noites insones a vir...
Enquanto escorre..
A lágrima percorre os lábios beijados..
Remove todo o néctar com a salinidade do Pranto...
Assim em estado semi-dormente..
Percorro os vácuos de minha Fé..
Indago o fim desse Carrossel de Sentir..
Busco criar desde já a divindade que me trará a Fé..
O Sustento dos dias de ausência tua..
A Força para mais um ano de Provações..
Se ainda sim..
Marcados e manchados de chagas..
Somos o que Somos..
O que mais pode nos trazer a Dor..
Tendo vivido todas as nuances do desacordo..
E ainda sim trazendo nos olhos o brilho cintilante do Sentir..
O que temos a Temer ?
Deitado..
Nino minhas dores futuras..
Enterro-me no Presente..
Banho-me da Luz que agora
Permeia..
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