sábado, 24 de janeiro de 2009


Sou..
Metamorfose de sentires..
Oscilações de cores que por fim..monocromática que são..
Secam as alvas e salinas lágrimas a rolar..

Sou..
Pranto desmedido..
Dor no peito agoniante..de Sentir..
Corte n'alma sem fé..sem ponto firme para pontuar-se..

Sou..
Máscara alva intocada..
Chama quente transmutada em Porcelana Fria..
Frieza dos milênios..frieza das Existências..

Sou..
Sede insaciável..e perversa..
Predador de mim mesmo..sempre a rasgar-me..
Sempre a verter como Nilo Negro..

Sou a parte Inversa-Complementar do Encanto..
Lamento sempre presente nos momentos pós-gozo..
Face desarmada e inerte que nada vê..

Sou ponto solto no Cósmo..
Amontoado de notas..não somente notas vivas de Cores..
Mas também notas pesadas a martelar-me..
Teclas a sadomizar minhas Dores..

Sou a tristeza velada na Face risonha..
A amargura envolvida no silêncio semi-sepulcral..
Sou o vácuo que fica após a noite de Riso e deleite..
Buraco negro que suga toda Luz de Esperança..

Sendo a Esperança..
A deusa a quem mais rogo..
Ainda que tendo em mãos o cetro da Descrença em Marfim..
Ainda que trazendo no peito o Oceano de Sentir..


Sou..
Inverso Verso..
Invólucro de Sensações existenciais..
Verso inverso..fragmentado em Si..


Pedaços de Estrofes..
Das contradições que trago em mim..

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