quinta-feira, 30 de abril de 2009



Garras perdidas..
Quero-as em punho firme..
Quero-as assim firmando na Carne o que trago em peito..

A parte Complementar-Antagônica do que Sinto..
Revolta Firme..
Cólera Vã de Sentir..

Raiva do Eu ?
Frágil e Covarde ?
Ou ira dos Tantos ramos já passados ?

Cólera da Frigidez minha ?
Ou Desencanto pelo que hoje é tido como Belo ?
Raiva do Eu ou dos Outros ?

Garras escondidas..
Armas deixadas nas esquinas da Vida..
Quero-as agora na Carne..

Deixando escorrer o azeite quente..
Que já não trago nos Olhos..
Não podendo lacrimar os Olhos..Que chore a Carne !

Ranca..
Extirpa..
Inflama..

O Nó travante que trago aqui..
No Canal que conduz ao Sentir..
Na Via para o Kore..

Vai !..
Garra minha..
Prova da bestialidade que ainda há em mim..

Corta e tira !
Deixa escorrer o licor virulento
Deixa escoar a Incontrolável Mágoa que trago..

Sem receio..
Sem gemido..
Sem acalanto..

E já me pouco importam as Palavras
As Crenças..
As Formas !

Que saibam todos os Ventos !
A Doença que me habita é a Mágoa ! A Descrença infindável
Um Auto-Rancor..por ver-me assim..Alienígnea de Mim mesmo !


Garras minhas..



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