
Quieto...
Como não estive em noites passadas...
Num ir e vir lento..de respirar...
Assim me vejo perante o Hoje..
Após despertar de um sono leve..
Proponho-me uma Caminhada..
Solene..
Tiro do bolso um velho Instrumento..
Arte-Fato da arte que novamente me enlaça..
Troco o agónico sopro do Cigarro..
Pela densa e firme tragada do Fornilho..
Assim pareço inicar o Prelude de um movimento ainda não iniciado..
Re-organizando a paciência que sentir tudo lentamente
Deixo que a fumaça espiralize-se em imagens distorcidas..
São formas inomináveis..e por assim serem..são eternamente Belas..
Entre passos e tragos...
Reflito sobre minha caminhada..
Os arcanos por onde passei..o ponto firmado..a estrada a vir..
De Louco..
Fiz-me enamorado..
Mas agora, inexplicávelmente ouço o telintar do Eremita..
A alva fumaça..
Me confessa, que não mais me cabe o Manto Negro..
Mas as sandálias firmes convidam-me para a descoberta de um novo sentido de ser Só..
Seria então o retorno ao fornilho
A prova exata do que há por vir ?
Enquanto a mente divaga longe..
Distancio-me involuntariamente do meu Kore..
Deixo que o Espírito re-flua sobre meu Sopro..
A Calmaria me espanta..
E conhecendo o elo que há entre ela e a Tempestade..
Espanto-me ainda mais, ao ver-me ainda assim..Calmo perante tudo..
O adocicado tabaco se esvai..
Cessa o sopro alvo..
Guardo o sabor intenso e forte, do tabaco nos lábios..
Regojizo-me nos mistérios indecifráveis..
Guardo a Calma que ainda resta...
Sópro..
Um comentário:
Como Re-(flexo)
Belo.
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