
Tardes...
Instantes tardes em que vejo-me em Solitude plena..
Sol que prepara-se para o Leito..
A cada entardecer..
Visto as vestes de discípulo da Paciência...
Seguro forte a Japa que trago em mãos..para assim não ceder a queda..
Junto a japa...
Aperto a solitária Rosa de sentir que carrego..
Pétalas alvas..rubras em lamento escondido...
Ausências que fazem-se presentes..
Na Vitória..na Derrota..no Leito Vazio de Cada noite..
Nas carências de doação que tanto sinto..
Parado frente ao Horizonte..
Faço do respirar uma meditação...
Seguro as Cores da pétala..evito o Desencanto..tento não ser o Lamento...
Parado perante o Tempo..
Sei apenas do Tempo de ligar-me ao Cósmo..
Preencher-me do Oceano que é Krishna..e assim acalentar minhas águas torrentes...
Não ei de ser Vento libertino..
A procura de Rosas de Sentir...
Não ei de antecipar qualquer Florescer que a Primavera venha propor...
Com os punhos cerrados no caule da Rosa...
Deixo as lágrimas escorrerem e assim regar meu canteiro...
Não são mais Rosas Dissonantes...
Canteiro Vazio que agora contemplo...
Viajando entre as distâncias..busco meu Lótus Violeta...
Minha amada consorte que tenho em Laço..em Sentir..
Parte complementar...
Livre por natureza...
Livre para Amar...para ser Amada por tantos outros seres..
Enquanto vagueio com a mente..
Meus passos me conduzem ao meu leito inflável...
Sopro da Paciência e Tolerância que manifesto antes do adormecer...
Adormeço...com a Rosa de Sentir ao Lado..
Pela manhã espero ve-la Alva...
Compartilhar do seu aroma, com o Divino...
Reunir forças para mais um Caminhar...
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