Estranho bicho em Habitat alheio..
Recolhe-se entre as entranhas internas e externas..
Busca refúgio..canto solene de Quietude..
Pede a posse..ao menos do canto de Leito..
Bicho..
Bicho arisco..enjaulado na Estranheza alheia..
Acoado entre Palavras não ditas..
Olhares que ratificam o Incômodo que é a Presença..
Bicho..
Segura a lágrima em Força..
Segura o Urro em si..
Crava as garras na carne e assim segura o Pranto..
Bicho que corre para evitar o Choque..
Evita a todo custo o contato..
Bicho que insuporta as longas tardes vazias..
Bicho sem rumo..sem teto..sem Laço..
No Bicho..
Há o Espanto de ver-se assim..
Privado da Selvageria..que é não Depender..
Não precisar...
Bicho que veste a couraça da Serpente..
Rasteja cabisbaixo..e aceita os pisões alheios..
Bicho indomável..agora de espírito acorrentado..
Amordaçado..
No Corte inflamado..
Esconde as Dores do Caminhar..
Proto-co-dependência..Insustentável..
Bicho nem Habitat..sem nicho no Canto que vive..
Bicho que corre..
De um canto a outro na mente..
De um lado a Outro no Kore..
De uma prece a outra..na Fé..
Bicho sem Rumo..
Sem Canto..
Sem Leito próprio..
Bicho estranho..em terras Sombrias..

Nenhum comentário:
Postar um comentário