sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


Eu..
Serafim Barroco..feito de Mármore Fria..
Amontoado de partes já rachadas..que pensava eu serem Asas..
Eu..
Anjo caído feito de Carne..e Erros..
Cinzas do cigarro não tragado..fios do Ato não cometido..
Mas,na celestidade..no colo no Altíssimo..
Há diferença entre Sentir/Pensar e Atuar ?
Eu..Serafim Barroco, sou lançado a Rua da Vivência..
Descubro-me Homem..
E nas minhas asas..vejo mais do que o ilusório Encanto..
Vejo Ego..Vejo Sede..Vejo Fomes incontroláveis..
Sou Homem..
Imundo homem comum..feito de Carne..Erros..e Cinzas..
Arconte de ruas vazias..filho da Falha..cria do Erro..
Troco minha máscara de Adorno..pelo véu de pano simples que me cobre..
Não cabe a mim qualquer satisfação ao Outro..também falível..
A vergonha é Interna..
Homem feito de estudos..princípios..e Honras..
Lançado as garras da Maya..
Despindo-se de outras Ilusões..sobre si..sobre a vida..
Rasgo vestes e outras honrarias..
Rasgo-me como Ser..
Deixo escorrer tudo que é Velho..e pré-fabricado..
Deixo as Asas..e dou uma finalidade as Sandálias..
Ermito sem Saber o que Sou..o que Sinto..p'ronde Vou..
A crença viva que me cabe..a Fé que possuo nas veias de Sentir..
Não sei dos Sonhos..
Não sei dos Atos..
Dos Laços..
Renuncio a tudo que quis ter e encontrar..
Para enfim..Encontrar-me..
Retornar ao ponto, onde Nunca estive..

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